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Embora o tempo com a eletrônica possa manter seu filho ocupado, a exposição às telas deve ser limitada para que não seja prejudicial ao seu desenvolvimento saudável. Porém, estabelecer limites de tempo para o uso dos celulares, tablets, TV´s e dos videogames para crianças nem sempre é tarefa fácil para os pais.

Preparamos 10 dicas que os pais podem usar para decidir quanto tempo de exposição às telas é razoável para seus filhos.

1ª dica: Modelo de uso eletrônico saudável.
Os pais precisam ser modelos de uso da tela para seus filhos. Antes de assistir a sua série favorita da Netflix, lembre-se de que você está dando o exemplo para seus filhos com o tempo que passa na frente de uma tela.
Manter a TV ligada o tempo todo ou rolar pelo telefone sempre que tiver um minuto livre pode não ser um modelo do comportamento relacionado à tela que você espera ver em seus filhos.

2ª dica: Eduque-se em eletrônica.
As crianças de hoje são conhecedoras de tecnologia. A maioria deles sabe mais sobre eletrônica do que os adultos. Os pais precisam se manter atualizados sobre os aplicativos, jogos, plataformas de mídia social e tendências mais recentes. Por exemplo, você não pode ensinar seu filho sobre os riscos da mídia social a menos que você mesmo entenda os perigos. Da mesma forma, você não seria capaz de impedi-los de consumir certos tipos de mídia (como videogames violentos) se não entender como essas formas de mídia são classificadas.

3ª dica: Crie “zonas livres de tecnologia”.
Estabeleça zonas em sua casa onde eletrônicos simplesmente não sejam permitidos – sejam telefones celulares, videogames portáteis ou laptops. Um exemplo é a sala de jantar ou cozinha de sua casa, que você pode reservar para refeições e conversas em família.

4ª dica: Defina tempos de lado para desconectar.
Reserve um tempo para que toda a sua família se desconecte de seus dispositivos tecnológicos. A hora do jantar ou uma hora antes de dormir são dois exemplos. Quando todos concordam em deixar seus dispositivos de lado, sua família tem a oportunidade de passar um tempo pensativo e de qualidade juntos.

5ª dica: Use os controles dos pais.
Existem ferramentas que você pode usar para proteger seus filhos de acessar conteúdo explícito na Internet e na TV. A maioria dos roteadores, navegadores da web e TVs tem controles dos pais que você pode configurar para filtrar ou bloquear conteúdo indesejado.
Se seus filhos têm smartphones, também há configurações ou aplicativos integrados que você pode baixar e que permitem criar filtros de conteúdo. Muitos também permitem que você bloqueie sites específicos, pesquisas na web ou até mesmo palavras-chave.

6ª dica: Explique por que você está limitando o tempo de tela.
Se seus filhos compreenderem que você está limitando o tempo de tela de sua família porque muito tempo gasto em telas tem suas desvantagens, é muito mais provável que sigam as regras que você definiu. Se seus filhos apenas pensam que você está “sendo mau”, é mais provável que resistam ou quebrem as regras que você está tentando impor.
Com base no que é apropriado para a idade do seu filho, explique por que videogames, programas de TV e filmes violentos podem ser prejudiciais. Se seus filhos usam a Internet, converse com eles sobre os perigos dos predadores online.
Certifique-se de que cada membro de sua família seja incluído na discussão sobre o tempo de tela e faça parte da criação de um conjunto de limites que todos possam seguir.

7ª dica: Peça as senhas do seu filho.
Você pode pedir a seus filhos as senhas de suas contas online e de mídia social. As crianças nem sempre têm a maturidade necessária para lidar com as interações online e podem ser vulneráveis ao cyberbullying.
Você precisará discutir a opção com a família, mas caberá a você, como pai ou mãe, descobrir a melhor maneira de ajudar a proteger seu filho e, ao mesmo tempo, permitir que ele tenha um pouco de privacidade e autonomia.

8ª dica: Incentive outras atividades.
Com uma grande variedade de aplicativos, jogos, dispositivos e conteúdo, é fácil para as crianças dependerem da eletrônica para entretenimento. Incentive seu filho a procurar e se envolver em atividades que não precisem de tela. Brincar ao ar livre, ler um livro ou até mesmo desenterrar um antigo jogo de tabuleiro são apenas algumas ideias.
Também pode ajudar a estabelecer (e fazer cumprir) uma programação que todos em sua casa sigam. Deixar claro para seus filhos quando eles podem ou não ir às telas ajudará a esclarecer suas expectativas e pode evitar discussões.

9ª dica: Faça do tempo na tela um privilégio.
Você pode decidir tornar o tempo de uso um privilégio em vez de um direito. Se você usar uma forma de disciplina que envolve a retirada de privilégios (consequências negativas), o telefone, laptop ou videogame de uma criança pode ser um desses privilégios.
No entanto, depois de definir um limite de quanto tempo de tela é permitido, não permita que as crianças ganhem tempo extra como recompensa. Em vez disso, atenha-se ao limite diário e ofereça outras recompensas gratuitas ou de baixo custo para reforçar o comportamento positivo.
Incentivar seus filhos a comprar menos tempo na tela e em zonas sem tela será muito mais fácil se você se envolver com eles de uma forma positiva, divertida e autêntica. É mais provável que eles recorram ao tempo de tela para escapar se você os relembrar constantemente sobre a bagunça ou uma tarefa escolar difícil durante o tempo sem tela.

10ª dica: Mantenha o quarto do seu filho sem tela.
Você não conseguirá monitorar o uso da tela do seu filho se ele puder usar dispositivos fora da sua vista. Por esse motivo, você pode querer estabelecer uma regra de que TVs, sistemas de videogame e computadores não sejam permitidos no quarto de seus filhos. Isso também inclui dispositivos portáteis que seus filhos podem ficar tentados a usar tarde da noite, o que pode atrapalhar seu sono.

 

Fontes:
Fundo das Nações Unidas para as Crianças/UNICEF.
Centro de Controle de Prevenção de Doenças/EUA/2017.
Academia Americana de Pediatria/2018.

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